O Fundo Monetário Internacional está entusiasmado com o programa econômico implementado há cinco meses. O organismo multilateral anunciou que o programa teve resultados melhores do que o esperado na revisão técnica do primeiro trimestre. Resta apenas a aprovação do conselho para a Argentina receber 800 milhões de dólares como parte do programa de refinanciamento da dívida. Todos os critérios de desempenho foram superados e foram alcançados entendimentos sobre políticas para reduzir a inflação, aumentar as reservas internacionais, apoiar a recuperação e manter o programa no caminho certo. Destaca-se o primeiro superávit fiscal trimestral do país em 16 anos. As autoridades argentinas ampliaram a assistência social a mães e crianças vulneráveis, além de proteger o poder de compra das pensões e avançaram no apoio político e social ao ajuste fiscal. No passado, a Argentina recebeu um empréstimo de 44 bilhões de dólares do FMI em 2018 e, sob o governo anterior, não conseguiu devolvê-lo no prazo. Os desembolsos estão condicionados ao cumprimento das metas e são destinados principalmente ao pagamento da dívida. Milei herdou um país com sérios desequilíbrios econômicos, mas a implementação do plano de estabilização tem permitido avanços na estabilidade macroeconômica. Embora a recuperação das reservas do Banco Central tenha aumentado, ainda não é suficiente para eliminar as restrições cambiais. A Argentina avança para um novo regime monetário que envolve a competição de moedas. No entanto, a recessão e o aumento da pobreza são as preocupações de críticos do governo. Em fevereiro, a atividade econômica retrocedeu e os dados de março indicam uma situação ainda pior. O impacto do freio nos gastos públicos e a redução do consumo já estão refletindo nas taxas de desemprego.