O governo de Javier Milei decidiu que as informações relacionadas aos cachorros do presidente não são de interesse público e, portanto, o acesso está restrito. A questão de seus animais de estimação é sensível para o presidente de extrema-direita, que se emociona ao ser questionado sobre seus “filhotes”, como ele se refere aos seus mastins. Tudo em torno deles é rodeado de mistério, como a morte de seu primeiro cachorro, chamado Conan, e o suposto contato telepático que mantinha com o animal falecido através de uma médium. Até mesmo a dúvida se Milei convive na residência presidencial com quatro ou cinco clones de Conan feitos nos Estados Unidos permanece sem resposta.

O procurador Rodolfo Barra concluiu que as informações relacionadas aos cachorros de Milei são de natureza privada e familiar, não possuindo relevância pública para ser divulgada sob a Lei de Acesso à Informação. Barra ressaltou ainda que o pedido de informações desencadeia gastos desnecessários. Apesar das diversas solicitações apresentadas para obter mais informações sobre os cachorros presidenciais, o Governo pode encerrar o assunto com o auxílio do dictame da Procuração do Tesouro.

A importância dos cães na vida de Milei sempre foi exaltada por ele mesmo, considerando seus animais como “filhos”. O presidente adotou o mastim inglês Conan em 2004, mas após sua morte, supostamente se comunicava com o animal falecido através de uma médium. Antes da morte de Conan, Milei preservou material genético do cachorro e, em 2018, obteve quatro ou cinco clones do mastim. Nomeou os clones com os nomes de economistas famosos, como Murray, Milton, Robert e Lucas. Com o dictame da Procuração do Tesouro, o Governo tenta encerrar a polêmica em torno dos cachorros presidenciais.