O presidente Javier Milei falou do Boca Juniors, clube do qual foi torcedor, em seu discurso durante o 47º aniversário da Fundação Mediterrânea desta quarta-feira. O mandatário falou perante o auditório do think tank empresarial cordobês com duas horas de atraso em relação ao programa original, e pouco depois do governador provincial, Martín Llaryora. Seu discurso buscou trazer uma luz amigável sobre a gestão econômica do governo que lidera, mas também teve críticas veladas a várias figuras. Uma delas é o ex-presidente Raúl Alfonsín, primeiro mandatário democraticamente eleito após a última ditadura, a quem acusou de “apoiar um golpe de Estado” em 2001. Mas também teve tempo para falar do Boca, clube do qual afirmou ter deixado de ser torcedor devido à influência de determinadas figuras, que atacou em seu discurso. Enfrentando a atual direção do Boca Juniors, liderada por Juan Román Riquelme e composta por outros jogadores daquela conquista histórica, o Presidente se afastou até de sua condição de torcedor: “Isso é da minha época em que era do Boca, aviso que deixei de ser do Boca, quando certa personagem voltou e quando apareceu um cinco, que tinha menos marca do que La Salada, isso fez com que eu deixasse de ser do Boca”. No entanto, o Presidente tentou minimizar seu ressentimento de longa data contra Riquelme e Gago ao chamá-lo de “um detalhe de vigésimo quinto ordem”. No entanto, não conseguiu se conter e continuou: “Se continuar assim [Boca], em algum momento poderei voltar ao estádio, mas isso é outra questão”. Então, retomou o curso original da anedota. Desse modo, ele tentou estabelecer um paralelo com as críticas recebidas por sua gestão econômica. “Às vezes, algumas pessoas dizem que cometemos erros; e sim, claro, cometemos erros; quem faz, comete erros, e especialmente, pessoas que fazem muito”.