O setor hoteleiro na Argentina está passando por um momento chave de renovação e expansão, especialmente nas categorias de luxo. Nesse contexto, o desenvolvimento de novos projetos não só amplia a oferta de acomodações, mas também redefine a experiência de hospitalidade no país. Essas iniciativas se destacam tanto pelo seu design quanto pelo seu foco em atender às necessidades de um mercado cada vez mais exigente. As novas aberturas de hotéis na Argentina refletem a evolução e o crescimento do setor no mercado.
O último relatório da Newmark sobre o setor revela importantes tendências no mercado hoteleiro argentino, destacando a evolução na ocupação, nos preços médios e no inventário de hotéis de quatro e cinco estrelas, juntamente com o desempenho de outras categorias no país: a Argentina conta com 451 hotéis de quatro e cinco estrelas, que representam 15,6% do inventário total de acomodações.
A Cidade Autônoma de Buenos Aires lidera a oferta hoteleira de luxo no país, com 103 estabelecimentos de quatro e cinco estrelas, consolidando-se como um epicentro do turismo corporativo e de lazer. Em contraste, Córdoba conta com 28 hotéis nessas categorias, refletindo um desenvolvimento mais moderado nesse segmento. Segundo a Newmark, a cidade de Buenos Aires concentra a maior quantidade de hotéis de quatro e cinco estrelas, com 103 estabelecimentos.
A Patagônia lidera em termos de ocupação, atingindo 62,3% nos hotéis de quatro e cinco estrelas, seguida por Cuyo com 61,7% e pela Cidade de Buenos Aires (CABA) com 54,8%. Em contraste, os hotéis de categoria inferior na Província de Buenos Aires registraram os índices mais baixos, com apenas 26,8% de ocupação.
Quanto aos preços, a Patagônia se destaca como a região mais cara para hotéis de luxo, com uma média de US$146,6 por noite. CABA ocupa o segundo lugar, com um valor médio de US$116,2, enquanto Córdoba oferece as tarifas mais baixas do país, com uma média de US$60,1 por noite.
O relatório também destaca que, em 2024, a Argentina conta com 451 hotéis de máxima categoria, a cifra mais alta da última década. Em comparação, em 2013 havia 397 hotéis de quatro e cinco estrelas, enquanto durante a pandemia a cifra subiu para 447 estabelecimentos. Além disso, o inventário total inclui 2438 hotéis de outras categorias, refletindo um crescimento geral no setor.
Os hotéis de quatro e cinco estrelas mostraram uma recuperação significativa após o impacto da pandemia. Em 2024, sua ocupação atingiu 49%, superando amplamente os 34% das categorias inferiores. No entanto, esse percentual representa uma leve queda em relação a 2023, quando a ocupação foi de 53%.
O relatório da Newmark também destacou que a Patagônia teve os preços mais altos em hotéis cinco estrelas durante 2024. No entanto, esse valor está longe dos US$178,9 registrados em 2022, embora ainda seja superior à média pré-pandemia, que era em torno de US$120.
Neste contexto, nos últimos meses foram realizadas novas aberturas como o Sheraton Buenos Aires Greenville Polo & Resort, o primeiro hotel da marca Sheraton em Hudson, localizado na zona sul de Buenos Aires. Além disso, está prevista a abertura do Hilton Garden Inn La Plata e do Good Urban Residences, ambos com propostas inovadoras para atender às necessidades do mercado.
Outra abertura recente foi o Grand Brizo Bel Air, um empreendimento estratégico no programa de expansão da empresa Álvarez Argüelles Hoteles. Com um conceito de hospitalidade diferenciado, o hotel promete oferecer uma experiência única aos hóspedes.