O chefe do Governo da Cidade de Buenos Aires, Jorge Macri, liderou neste sábado o início das sessões ordinárias da Legislatura com um discurso no qual destacou diferenças em relação à gestão do presidente Javier Milei, pediu trabalho conjunto para resolver a crise dos presos e questionou o governador da província de Buenos Aires, Axel Kicillof, pedindo que leve a sério a luta contra o crime. Em seu discurso com tom eleitoral, o prefeito defendeu o método de Pro para governar a cidade e afirmou que suas administrações fizeram um culto ao equilíbrio fiscal, advertindo os libertários: “Não precisamos que nos expliquem como fazer isso”. Destacou a redução do gasto público em 8,6% e detalhou a eliminação de 10% dos cargos políticos, redução de aproximadamente 10 mil contratos e 18% na contratação de assessores e funcionários políticos. Durante o discurso, que durou quase 50 minutos, Macri repassou grande parte das políticas implementadas no primeiro ano de gestão, recebeu aplausos em várias ocasiões do bloco da situação, enquanto os deputados da oposição permaneceram atentos em seus assentos. Também houve legisladores que optaram por olhar para seus celulares durante a exposição. No recinto, estavam os ministros do Gabinete da cidade, representantes do Tribunal Superior de Justiça local e do Ministério Público Fiscal; nos camarotes estava presente a esposa do chefe de Governo, Maria Belén Ludueña; e participaram representantes de delegações internacionais e convidados especiais. Por outro lado, Macri atacou o governador da província de Buenos Aires ao afirmar que “do outro lado da General Paz, a criminalidade avança sem controle”. “Seria muito mais fácil se o governador assumisse seriamente a luta contra o crime. Estamos esperando ansiosos a mensagem do governador Kicillof para conhecer qual é o seu plano contra a insegurança que afeta a Província e que já tirou a vida de 13 dos nossos policiais”. Em outro trecho do discurso, o chefe do governo anunciou que enviará à Legislatura um projeto de Lei de Emergência Autonômica para pedir ao Congresso Nacional que avance com os acordos de transferência já assinados, mas não aprovados, e com a transferência das competências judiciais. Entre eles, estão os acordos para a transferência da Inspeção Geral de Justiça (IGJ), do Registro de Propriedade Imobiliária (RPI) e dos casos pendentes de transferência da Justiça penal ordinária. O prefeito também agradeceu o apoio à suspensão das primárias obrigatórias, considerando isso um gesto de maturidade e responsabilidade exigido pelo momento atual, pensando no interesse dos cidadãos e não da política. Ao encerrar o discurso, Macri cometeu um erro ao mencionar a construção de um complexo penitenciário no partido de Marcos Paz, destinado a abrigar os presos da prisão no bairro de Villa Devoto. “Vamos concluir as obras na Prisão de Marcos Paz para liberar os presos do bairro de Devoto”, foi a frase que despertou risos e comentários na plateia. Atento à situação, o chefe do governo voltou atrás em suas palavras e corrigiu o erro: “Queremos liberar os moradores de Devoto de conviver com uma prisão que não deveria estar na cidade. Há 17 anos e vamos conseguir”.
Os pontos mais destacados da abertura de sessões legislativas da cidade de Buenos Aires
- Post publicado:1 de março de 2025
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Alex Barsa
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