Na madrugada de hoje, a AySA finalizou a reparação de uma tubulação principal de 500 milímetros de diâmetro em Santos Dumont e Cabildo, no bairro de Palermo, que havia colapsado e causado um transbordamento de água e lama na madrugada anterior. Apesar do serviço de água potável ter sido restabelecido, as obras de enchimento e repavimentação manterão a rua fechada ao trânsito por pelo menos uma semana, o que gera complicações para os moradores e comerciantes. O incidente começou na manhã de Natal, quando uma ruptura na tubulação principal transformou Santos Dumont em um rio. A água avançou sem controle, afetando casas, lojas e o tráfego em uma das áreas mais movimentadas da cidade. “Era como se a rua tivesse se tornado um rio. A água não parava de sair”, lembrou Lorena Ruiz, moradora da rua afetada. O pessoal da AySA trabalhou desde cedo para conter o fluxo de água, fechando válvulas e fazendo as escavações necessárias para consertar o cano. No entanto, apesar dos esforços, os efeitos do incidente foram sentidos. “Estávamos prontos para o almoço de Natal, mas com todo o caos que aconteceu, tivemos que mudar de planos. Foi um desastre total, a água chegou até a porta da minha casa”, relatou Carlos Mansilla, morador do cruzamento de Santos Dumont e Cabildo. Durante o dia, a situação se tornou caótica. Enquanto a água continuava transbordando pela rua, pedestres tentavam evitar a lama e os veículos ficavam presos no rio improvisado. À noite, o fluxo havia parado, mas um buraco no meio da pista e restos de lama nas calçadas indicavam que o problema não havia acabado. Hoje de madrugada, a AySA confirmou a conclusão da reparação, que incluiu a substituição de seis metros da tubulação danificada. No entanto, para os moradores, isso representa o início de um processo de recuperação que ainda não terminou. “Estamos agradecidos por termos água de volta, mas isso ainda não acabou. A rua está fechada, há sujeira por todo lado e o tráfego é um caos”, expressou Ana Quinteros, moradora de um prédio próximo. O lodo seco que cobre parte das calçadas é agora um obstáculo persistente. Os moradores improvisam com vassouras e mangueiras para limpar o que resta, mas a tarefa parece interminável. Alguns acreditam que o dano poderia ter sido evitado com manutenção preventiva mais rigorosa. “Não entendo como puderam deixar algo tão grave acontecer em uma data como essa, e agora dizem que a quadra continuará fechada até o final do ano. Se tivessem feito a manutenção em vez de esperar algo quebrar, nada disso teria acontecido. Agora somos nós que temos que lidar com as consequências: ruas fechadas, lama por todo lado e dias de caos. Temos um buraco na rua”, reclamou María Bustamante, moradora de um prédio na Santos Dumont.