Por que tantas escadas rolantes e elevadores do metrô não funcionam? Estes são os planos para renová-los

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Um homem leva uma senhora idosa em uma cadeira de rodas pela estação Alem da linha B do metrô. A cena é de alguns meses atrás, porém impactante: eles chegam à escada fixa, a única que existe. Ele levanta a senhora, que se segura no corrimão. Desce primeiro a cadeira. Volta para o hall central e faz a mesma coisa com ela nos braços. A questão dos acessos ao metrô através de elevadores e escadas rolantes com problemas em algumas linhas é uma crítica constante de muitos usuários. Nas redes sociais, o tema é recorrente: “Jorge, celebro a compra de novos trens. Mas se há tanto dinheiro para pagar por esses novos modelos de trem, coloquem dinheiro para consertar os elevadores e todas as escadas rolantes das estações. Deveriam investir em ter pessoal FIXO para manter tudo isso sempre”. Os exemplos continuam: “Na 9 de julho e na estação Pueyrredón, as escadas rolantes não funcionam há anos”; “É preferível consertar TODAS AS ESCADAS ROLANTES que estão sem funcionar do que fechar uma estação por 4 meses para trocar 3 ladrilhos e dar uma mão de tinta”; “@basubte @Emova_arg consertem a escada rolante da linha E da estação José María Moreno!!!”; “A ver se fazem funcionar as escadas rolantes, porque já acabou a história de que se paga pouco e assim não dá para manter. Dia que a escada não funciona. Dia que passo sem pagar. Tomara que todo mundo tome suas próprias medidas pessoais”. A manutenção dos equipamentos é de responsabilidade da Emova, a concessionária da rede. Segundo explicaram em diálogo com a LA NACION, diversos fatores podem levar a que esses equipamentos fiquem fora de serviço, como o vandalismo, que, afirmaram, “aumentou significativamente”. Nestes casos, os reparos são feitos por uma empresa “de renome internacional” que possui licença habilitante, contratada pela Emova. “Estes equipamentos contam com mecanismos muito delicados que recebem um uso intensivo e muitas vezes estão expostos a atos de vandalismo. Cada caso é particular, alguns são de rápida reparação e, em outros casos, os tempos podem ser maiores”, disseram. A situação não é de pouca importância para as pessoas que usam o metrô diariamente. O conserto desses setores foi mencionado pelo GCBA no início deste ano, quando apresentaram o Sistema Integrado de Mobilidade Urbana, que inclui a aquisição de novos vagões para as linhas A, B e C, a construção da F e melhorias nas estações. Neste sentido, finalmente os trabalhos de reparação terão início em julho. Em relação a isso, fontes do Subterráneos de Buenos Aires (Sbase) contaram a este meio que já há uma licitação em andamento, e que em breve serão abertas mais para adquirir escadas rolantes, das quais sete estavam retidas na alfândega até recentemente. Também vão incorporar elevadores em algumas estações que, por enquanto, aparecem marcadas na página oficial da Emova como “não acessíveis”. Desde a mesma empresa, explicaram que metade das estações são acessíveis para pessoas com mobilidade reduzida (PMR), ou seja, 45 de 90, e detalharam que 41 têm acessibilidade plena e quatro, parcial (em apenas um sentido). “No entanto, a Sbase está redesenhando o Plano de Obras de Acessibilidade com um horizonte de 20 anos, cujo objetivo geral estabelece a adequação das estações da rede (sempre que tecnicamente possível)”, afirmaram. Também enumeraram que nos últimos anos foram adicionados cinco elevadores em quatro estações (Catedral e 9 de Julio da Linha D, e Retiro e Diagonal Norte da Linha C). “Em breve serão lançadas as licitações para a instalação de outros três elevadores nas estações Federico Lacroze e Carlos Pellegrini da Linha B, e Plaza de los Virreyes, da E. Depois continuarão outros dez”, afirmaram. Mais especificamente, já está em andamento uma licitação para renovar sete escadas rolantes nas estações Pueyrredón e José Hernández da Linha D, San Juan da Linha C, Urquiza e Varela da Linha E, e Venezuela da Linha H. De acordo com as mesmas fontes, os equipamentos chegarão ao país em julho e “ainda neste mesmo mês começará a instalação”. Estas ficaram retidas devido às políticas econômicas implementadas pelo governo anterior, ou seja, as restrições às importações. Quando, no ano passado, as transferências para o exterior e os pagamentos da dívida foram autorizados, puderam recuperá-las. A Sbase abrirá licitações para adquirir e instalar três elevadores nas estações Federico Lacroze e Carlos Pellegrini da Linha B, e Plaza de los Virreyes, da E. Por sua vez, vão adicionar outras 70 escadas rolantes que planejam adquirir após uma série de licitações públicas que serão abertas nos próximos 90 dias. A ideia é substituir as mais antigas: “Escadas que têm, em média, 25 anos são consideradas ‘obsoletas’. Nesse sentido, os equipamentos a serem substituídos têm entre 25 e 30 anos e, por esse motivo, têm uma taxa de falhas mais elevada”, detalharam. Também afirmaram que algumas já foram removidas para “começar em breve” com a instalação. Destas 70, 2 equipamentos serão para a Linha A, 28 para a B, 9 para a C, 24 para a D e 7 para a E. O investimento total para quase 80 equipamentos será de US$16,750 milhões, com base em um orçamento da própria Sbase. Javier Ibáñez, seu presidente, concluiu: “O metrô é nossa prioridade e é por isso que estamos investindo para melhorar a infraestrutura do serviço em geral, com a compra de novos vagões, a renovação de estações e do Premetro, e a modernização dos meios de elevação”.

Alex Barsa

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