Racing perdeu para Central Córdoba e não tem mais chances de ser campeão da Liga Profissional

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A derrota por 3 a 1 contra o Central Córdoba em Santiago del Estero deixou o Racing sem possibilidades de lutar pelo título de campeão da Liga Profissional de Futebol. A queda de energia após a consagração na Copa Sul-Americana, o clima eleitoral e uma equipe local com vontade de se mostrar foram obstáculos grandes demais para a Academia, que teve uma das piores atuações do ano na penúltima rodada do torneio. O Racing saiu para jogar no Madre de Ciudades com a possibilidade de ficar a dois pontos do líder, Vélez, com apenas uma rodada restante. A expressão “chances matemáticas” é usada no futebol há muito tempo toda vez que uma equipe ainda tem números para chegar ao primeiro lugar. Mas para esse grupo que, duas semanas atrás, gritou campeão da Sul-Americana no Paraguai, parece que já não tem mais pernas nem coração. Gustavo Costas decidiu rodar metade da formação que normalmente é titular. Até o goleiro. Facundo Cambeses fez algumas defesas importantes, inclusive um pênalti, mas não conseguiu evitar que a Academia terminasse o primeiro tempo em desvantagem por dois gols. Muita diferença para a distância de qualidade entre os dois elencos. Os goleadores na noite santiaguense: Favio Cabral protege a bola na frente de Agustín García Basso; o atacante abriu o placar e o defensor fechou. Assim como o Racing jogou no norte com menos intensidade devido ao relaxamento após a comemoração, Omar De Felippe decidiu poupar algumas cartas para o futuro do Central Córdoba: na próxima quarta-feira, em Santa Fé, o Ferroviário terá nada menos que a final da Copa Argentina, contra o Vélez. Na quarta-feira passada, em 90 minutos, o Racing pareceu expor boa parte do seu ano no jogo emocionante contra o Estudiantes de La Plata. As irregularidades, a capacidade de marcar gols, as fragilidades defensivas. Um 4 a 5 que parecia deixá-lo quase sem chances de buscar a dobradinha, um objetivo que a equipe encontrou quase sem querer. Mas a derrota do Vélez em Santa Fe para o Union neste sábado o colocou de volta na competição. Pareceu não ser um estímulo para uma equipe que teve dificuldades para atravessar o meio-campo. Os reservas Baltasar Rodríguez, Martín Barrios, Luciano Vietto não conseguiram mudar o ritmo. Para a Academia, o gol de Luis Ingolotti parecia estar muito distante. O pênalti defendido por Cambeses aos 16 minutos nem sequer conseguiu acordar a equipe de Costas, que estava atônita no banco de reservas. No intervalo, Rodríguez e Barrios foram substituídos. A história não mudou o suficiente: a desvantagem aumentou para três gols, depois maquiados por um gol de Agustín García Basso. No domingo, 15 de dezembro, a metade azul e branca de Avellaneda irá enfrentar um cenário ao qual não está acostumada. Uma eleição marcada por um nível de tensão que o Racing não experimentou neste século. De um lado, o oficialismo, com Víctor Blanco na liderança, embora na chapa ele apareça como candidato a vice-presidente; é o homem que assumiu o clube em 2013 e construiu uma administração reconhecida por todos. Do outro lado, Diego Milito, o maior ídolo contemporâneo da história da Academia, ao ponto de uma rua com seu nome contornar o Cilindro de Avellaneda. Depois da celebração por um troféu internacional após 36 anos, o clima político começou a ser sentido no clube. Em todos os setores, incluindo a comissão técnica e o elenco. Desde a continuidade de Costas, que precisa renovar um contrato com um salário muito baixo que vencerá neste mês, até a de alguns jogadores, como Adrián Martínez, que não viajou para Santiago del Estero e teve que esclarecer que a ausência não foi por questões contratuais Após uma conquista histórica, conquistada contra o Cruzeiro, chegar no último fim de semana da temporada com chances de ser campeão e com essa eleição quente era talvez demais para encerrar o ano. A derrota em Santiago del Estero deixou o Racing sem calendário esportivo além do que resta para completar sua participação na Liga (contra o River em Avellaneda). O 2024 será marcado pela Copa Sul-Americana com a excursão massiva a Assunção e a orientação de Costas. Isso já é história. Agora, a Academia terá que escrever seu 2025.

Alex Barsa

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