O Racing pretendia manter o sonho de campeão também na Liga Profissional, mas perdeu por 5-4 contra o Estudiantes de La Plata em um jogo correspondente à rodada 24, que foi reprogramado porque a Academia disputou a final da Copa Sudamericana, onde se consagrou. O encontro, que aconteceu no Cilindro de Avellaneda, já entrou na galeria dos inesquecíveis do futebol argentino pelas emoções constantes e pela alternância no placar. Assim, a Academia permanece a cinco pontos do líder Vélez, quando faltam duas rodadas para o final do campeonato local. É a primeira quarta-feira de dezembro. Às 19 horas, Avellaneda se transforma em domingo. O verão chegou mais cedo. O Racing se apresenta diante de seus torcedores pela primeira vez desde que conquistou o título em 23 de novembro, no Paraguai, contra o Cruzeiro. Há festa celeste e branca. Quando os jogadores entram em campo, ouve-se o canto mais bonito do futebol: “Dale campeón!”. Na arquibancada local, desce brilhante uma grande bandeira que traz a figura de Gustavo Costas segurando o troféu: eternamente grato. O Racing buscou o jogo, chegou a estar em vantagem por 2-1, mas acabou perdendo em um confronto crucial. Além disso, é preciso jogar uma partida de futebol. Importante: a Academia precisa dos três pontos para ficar a dois do líder Vélez, faltando apenas duas rodadas. Se o motor do sonho de ser campeão internacional após 36 anos levou este time ao topo, Costas busca plantar a semente de conquistar um duplo troféu inédito na era profissional do clube. A distração está ao alcance da mão. Para os jogadores, além do reencontro com seus torcedores, é o dia dos sonhos de poder dar a volta olímpica com seus familiares. E do outro lado está um rival como o Estudiantes. Logo no primeiro lance da partida, mostrou a qualidade de seus jogadores da Seleção. José Sosa cobrou uma falta da Premier League e Sebastián Boselli cabeceou com precisão. As decepções também estavam convidadas para a festa. Poderia ter sido um começo pior para o Racing. Aos 15 minutos, Eric Meza chutou no gol de Gabriel Arias com um belo chute de direita. E aos 18, Thiago Palacios errou na pequena área o que poderia ter sido o segundo do Pincha. Sosa e Alexis Manyoma eram indescritíveis para a defesa local. O que levou 21 minutos, o Racing resolve com um passe longo de 30 metros de Gabriel Rojas. A imprudência de Facundo Rodríguez concede um pênalti para a Academia. Maximiliano Salas converte em gol. 1 a 1. O empate desperta a fome deste time voraz. Juan Nardoni e Salas correm como se Avellaneda ainda fosse Assunção. O Racing passa de submisso a tornado. Com uma jogada que parece ensaiada, Santiago Solari se adianta no primeiro poste após um cruzamento de Gastón Martirena. Na arquibancada visitante, com o 2 a 1, desce outra cortina: Costas com uma faixa de capitão dos anos 90 e, de novo, o troféu. A lenda diz: senso de pertencimento. O Racing vai feliz para o intervalo. O que surgiu no primeiro tempo ganha vida no segundo tempo. Aos cinco minutos, Colombo, contra, marca o empate para o Estudiantes. Marco Di Césare precisa ser substituído por uma lesão muscular. Solari precisa ser substituído por uma lesão muscular. Aos 13, Thiago Palacios aproveita dois erros defensivos e coloca o visitante em vantagem. E aos 23, Guido Carrillo, de cabeça, crava mais uma faca. As pernas do Racing já não respondem, que deve celebrar o título com uma derrota em mãos, com a frustração de saber que o sonho do bicampeonato não existe mais. Parece que só resta comemorar e pensar em um 2025 cheio de incertezas, pois na próxima semana o clube enfrenta uma eleição na qual medem forças nada menos que Diego Milito e Víctor Blanco, um ídolo que conquistou uma rua com seu nome e o homem que comanda a Academia há mais de onze anos. As pernas não respondem a este time, mas o coração do campeão ainda bate. Para o Racing de Costas, é mais uma emoção. O substituto Luciano Vietto marca dois gols, o segundo com uma bicicleta espetacular. A épica surge aos 40 do segundo tempo. O Cilindro vibra. Mas o colombiano Edwin Cetre, com um cruzamento desviado por Martirena, marca o quinto gol do Estudiantes, que faz jus ao seu apelido: Pincha. Um 5 a 4 inesquecível se completa. E ali vai a ilusão do Racing de dar duas voltas olímpicas consecutivas. O que se pensava como uma festa de campeão foi uma celebração ao futebol. A este time de Gustavo Costas, que nestes 90 minutos expôs tudo o que fez durante o ano: uma facilidade única de marcar gols e certa fragilidade defensiva. Agora sim, o sonho acabou. Resta apenas a comemoração, que explodiu depois da partida com fogos de artifício, volta olímpica e a palavra do mentor da conquista da ouro-americana.
Racing perdeu para Estudiantes em um jogo inesquecível e seus sonhos de campeão da Liga Profissional se afastam.
- Post publicado:5 de dezembro de 2024
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Alex Barsa
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