Quando o Racing encara uma partida como uma final, costuma estar à altura das circunstâncias. Isso foi demonstrado em 2024, quando se tornou um grande campeão da Copa Sul-Americana, assim como em alguns dos jogos que enfrentou nesta temporada: passou por cima do Boca em atitude e jogo, esmagou o Botafogo de ida e volta para conquistar a Recopa, dançou em cima do Fortaleza no Brasil (venceu por 3-0 e até ficou curto) e venceu com autoridade os dois últimos jogos do campeonato local (4-1 contra o Banfield e 2-0 contra o Aldosivi), para subir na tabela e voltar à zona de classificação para os playoffs. Também havia superado claramente o Independiente no primeiro tempo do clássico, conseguindo apenas uma vantagem de 1-0 graças às defesas de Rodrigo Rey, até que no segundo tempo desistiu de buscar o gol adversário e acabou pagando com o empate de Álvaro Angulo. Naquele clássico, conjugou o potencial de todo o perigo que pode causar a um adversário, assim como a falta de audácia ou apatia com a qual sofreu em diferentes compromissos deste ano e do ano passado. Essa demonstração de duas faces tão opostas foi um bom reflexo do que o Racing de Gustavo Costas pode causar: é visceral, passional, agressivo – e muitas vezes goleador – na vitória, mas também desconcertante, ingênuo e exasperante na derrota. As derrotas para Argentinos, Huracán, Independiente Rivadavia e Bucaramanga serviram como testemunho dessas atuações negativas. O Racing sorri, graças a Bruno Zuculini, autor do gol no 1-0 contra o Central Córdoba de Santiago del Estero, pelo Torneio de Abertura. Este Racing não passa despercebido na alegria nem na tristeza. Diante de provas de suposta maior dificuldade, muitas vezes se saiu melhor do que frente a compromissos que, teoricamente, seriam mais acessíveis. Com essas oscilações, motivadas pela falta de reservas do mesmo nível para os titulares habituais (agravado pelas lesões), um grau de concentração menor em alguns jogos pouco atraentes e um calendário apertado, a Academia chegou ao confronto com o Central Córdoba sem margem de erro, apesar de estar um ponto à frente de seu adversário na luta pelos lugares de classificação para as oitavas de final. E no início, o Racing jogou como uma final. Saiu com absoluta determinação para tentar pressionar a visita, que teve em Alan Aguerre um baluarte para manter o zero durante 44 minutos. Apenas 60 segundos após o início, Adrián Martínez chutou mal – quase na porta da pequena área – e provocou o primeiro lamento de Costas, que, juntamente com seus jogadores, corria para pressionar o mais perto possível da área do Ferroviário. Com a bola e o território à disposição, a partir dos 20 minutos a Academia começou a ter mais precisão e, assim, chances claras. Marco Di Césare desceu como um ponta e passou para Luciano Vietto, que deixou para a entrada de Bruno Zuculini, cujo chute foi defendido por Aguerre, que assim iniciou seu show de defesas. O goleiro interveio em chutes de Maravilla Martínez, Maximiliano Salas e – mais uma vez – Zuculini. Além disso, Santiago Sosa – de cabeça – e Salas – com um chute levemente elevado – também estiveram perto do gol. O gol de Zuculini para o Racing. O arqueiro multicampeão da Academia quebrou uma sequência adversa, celebrou ao defender um pênalti pela primeira vez desde julho de 2021 e manteve a valiosa diferença. O resumo do Racing – Central Córdoba. A dinâmica da partida continuou, com o Racing recuando. Paradoxalmente, o empate quase chegou de um escanteio a favor da Academia, que executou mal aquela ação (como havia acontecido contra o Bucaramanga, na Libertadores) e concedeu um mano a mano a Angulo, que se deparou com Arias, determinante. Do êxtase (quase) à agonia, a Academia venceu um duelo crucial, abriu quatro pontos para o Central Córdoba, se firma na zona de playoffs e depende de si mesma para avançar às oitavas.
Racing venceu Central Córdoba com Gabriel Arias como destaque e está perto da classificação
- Post publicado:19 de abril de 2025
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Alex Barsa
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