As notícias são encorajadoras. A última edição do Ranking QS das Melhores Cidades para Estudantes mostra que Buenos Aires lidera as oito cidades latino-americanas classificadas, subindo na classificação global e mantendo sua posição como principal destino de estudos na América Latina. O relatório destaca como um feito este posicionamento, considerando “os desafios recentes em termos de atratividade internacional e financiamento universitário”, devido ao preço do dólar, que já não é mais uma vantagem competitiva para estrangeiros e aos conflitos existentes desde o ano passado devido aos cortes no orçamento educativo. A nível mundial, Seul foi nomeada como a melhor cidade para estudantes do mundo, superando Londres pela primeira vez. O ranking foi divulgado na terça-feira em Londres e coloca Buenos Aires em uma excelente posição em quatro dos indicadores que a consultora internacional de qualidade educacional Quacquarelli Symonds (QS) utiliza para medições: desempenho das universidades da cidade, integração e diversidade estudantil, convivência e opinião dos estudantes. Seul ficou em primeiro lugar no ranking global. O relatório aponta que Buenos Aires subiu com força na edição de 2026 do Ranking QS das Melhores Cidades para Estudantes, ocupando a posição 32, do 42º lugar no ano anterior, devido a melhorias em dois indicadores do QS e consolidando sua posição como principal destino de estudos na América Latina. “Embora Buenos Aires ainda não tenha recuperado a histórica posição 22 alcançada em 2023, esse desempenho marca um retorno às boas classificações para uma cidade que enfrentou desafios recentes em termos de atratividade internacional e financiamento universitário”, aponta o relatório. “Buenos Aires subiu para o 32º lugar mundialmente e consolidou sua posição como principal destino de estudos na América Latina no Ranking QS das Melhores Cidades para Estudantes. Essa ascensão ilustra o contínuo apelo internacional e a excelência acadêmica da cidade, liderados pela UBA, a principal universidade da América Latina”, disse o vice-presidente sênior da QS, Ben Sowter. Londres perdeu a primeira posição após seis anos. Buenos Aires ficou em 32º lugar no ranking de 2026. No ano anterior, havia ficado em 42º lugar. Ficou à frente de Santiago no Chile, que ficou em 50º lugar, assim como no ano anterior. Já a Cidade do México ficou em 73º lugar, subindo do 85º lugar na medição de 2025. Bogotá ficou em 99º lugar, subindo da posição 110 no ano anterior. São Paulo, por outro lado, caiu para o 101º lugar, tendo ocupado o 97º na medição de 2025. Monterrey subiu uma posição: do 112º para o 111º. Lima subiu do 135º para o 126º. Por fim, o Rio de Janeiro subiu duas posições, do 146º para o 144º. A 11ª edição do ranking de 2026, que inclui 150 cidades e distritos, foi elaborada pelos especialistas em ensino superior da QS e marca uma mudança no cenário global: Seul superou Londres e se posicionou em primeiro lugar como a melhor cidade para estudantes do mundo. O vice-primeiro-ministro e ministro da Educação da República da Coreia, Ju-Ho Lee, declarou: “Sentimo-nos profundamente honrados pelo fato de Seul ter sido nomeada a melhor cidade para estudantes do mundo. Esse reconhecimento reafirma a confiança crescente mundial no sistema de ensino superior da Coreia e destaca as fortalezas distintivas de Seul: uma poderosa combinação de excelência acadêmica, riqueza cultural, inovação e segurança”, disse. Londres, que ocupou a primeira posição durante seis anos consecutivos, caiu para o terceiro lugar, principalmente devido a uma queda significativa no indicador de acessibilidade, onde caiu 11 posições para a 137ª posição mundial. Em segundo lugar ficou Tóquio. Por outro lado, Buenos Aires liderou as cidades latino-americanas em quatro indicadores-chave: “Buenos Aires caiu uma posição, ficando em 17º lugar mundial no QS World University Rankings”, destaca o relatório. De qualquer forma, ela ocupou a posição mais alta da América Latina. “Isso reflete a qualidade de suas universidades, em especial a UBA, que se tornou a única universidade latino-americana entre as 100 melhores do mundo segundo o QS World University Ranking mais recente”, diz o documento. Na categoria de integração e diversidade estudantil, Buenos Aires volta a experimentar uma pequena queda, indo da 52ª posição para a 54ª, mas mantendo-se como líder regional neste indicador. Na métrica de Desejabilidade, que combina a pesquisa global da QS com futuros estudantes com uma ampla gama de fontes de dados – incluindo níveis de poluição, segurança, classificações do TripAdvisor e índices de corrupção – Buenos Aires sobe 14 posições para o 79º lugar, mantendo-se como a cidade com melhor desempenho da América Latina. Por sua vez, a cidade se destacou na categoria de “Atividade do Empregador”, ocupando o 28ª lugar mundial e o quarto lugar na América Latina. Essa métrica se baseia nas respostas de mais de 82.000 empregadores internacionais pesquisados pela QS, bem como em um “bônus para emprego jovem” derivado de dados do Banco Mundial, que ajusta as pontuações com base nos níveis de emprego jovem para recompensar as cidades que oferecem fortes perspectivas de emprego para os jovens graduados. “A acessibilidade continua sendo um fator-chave para os futuros estudantes na escolha de onde estudar e viver. Embora a América Latina tenha um bom desempenho geral neste indicador, Buenos Aires é a cidade com a classificação mais baixa da região, em 79º lugar, apesar de uma impressionante ascensão de 44 posições”, aponta o relatório. Na categoria “opinião do estudante”, uma pesquisa da QS com mais de 49.000 estudantes captura as impressões gerais dos estudantes sobre sua cidade, focando em áreas como diversidade, inclusão, amabilidade, transporte, acessibilidade, vida noturna, oportunidades de emprego, arte e cultura e sustentabilidade. Buenos Aires encontra-se em 44º lugar no mundo, com uma queda de oito posições em relação ao ano anterior, mas permanecendo à frente da América Latina.