O resultado positivo é bem-vindo para acalmar as urgências e continuar melhorando. Marcelo Gallardo tem isso claro: River está procurando as respostas necessárias para se soltar, mas construir a partir da vitória sempre traz tranquilidade. Assim, o duplo de Facundo Colidio para vencer o clássico contra o Independiente no Monumental abre um panorama para o treinador em termos ofensivos: as alternativas estão lá, mas ainda não há uma consolidação com a continuidade que a camisa do River necessita. Em um fim de semana marcado pela grave lesão de Agustín Ruberto com a Sub-20, agora os lampejos que o Millonario mostrou no ataque precisam ser sustentados ao longo do tempo.

Colidio é o primeiro atacante que deu um passo à frente: marcou os dois primeiros gols dos atacantes do River neste ano. Nos três jogos anteriores, apenas Matías Rojas e Gonzalo Montiel haviam conseguido balançar a rede. Com 238 minutos em quatro jogos (três como titular), no sábado, o atacante de 25 anos voltou à titularidade porque o colombiano Miguel Borja chegou ao limite fisicamente: um forte golpe no tornozelo esquerdo no último treino o obrigou a começar no banco de reservas. E ele aproveitou ao máximo a oportunidade de retornar ao gol após uma performance intermitente.

Na rodada anterior, no empate em 0-0 com o San Lorenzo no Gasómetro, o Muñeco havia deixado Colidio fora do time titular para dar a titularidade a Sebastián Driussi. Uma clara mensagem para o elenco: não há nomes garantidos. O desempenho do ex-Tigre estava em declínio, mostrando-se errático e incapaz de se conectar ou influenciar diretamente o jogo. E o primeiro tempo contra o Independiente foi uma continuidade, pois ele se viu mais uma vez desconectado do jogo e errando nas finalizações. Mas no segundo tempo, em sintonia com a melhora do River, ele marcou com uma cabeçada e uma sutil finalização para quebrar uma série de seis jogos sem marcar: seu último gol tinha sido em 29 de novembro passado na vitória por 2 a 1 sobre o Estudiantes em La Plata.