Segredos de Roma: vistas únicas e jardins com história nas melhores praças da cidade

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Roma, conhecida como a cidade das ruínas a céu aberto, oferece mais do que apenas história ao ar livre. A capital italiana tem parques e miradouros que nenhum viajante deve perder, ideais para apreciar o horizonte e valorizar qualquer visita à cidade imperial.

Segundo as lendas fundacionais, Roma foi construída sobre sete colinas. O Janículo não é uma delas, mas possui um miradouro imperdível. Localizado a oeste do Tibre, entre Trastevere e Vaticano, próximo ao antigo bairro judeu, este passeio ao ar livre é ideal para desfrutar o pôr do sol. Popular e descontraído, oferece espaço para piqueniques e uma variedade de doces e lanches vendidos por ambulantes.

A área, palco dos acontecimentos heróicos dos lutadores pela República Romana em 1849, foi transformada em um passeio público dedicado à memória da Defesa de Roma. Destaca-se a estátua equestre de Giuseppe Garibaldi, uma figura chave no processo de reunificação. Nas bordas das avenidas, encontram-se os bustos dos ilustres garibaldinos que lutaram pela defesa de Roma.

Um dos maiores atrativos do Gianicolo é a Fontana dell’Acqua Paola, encomendada pelo Papa Paulo V para abastecer as zonas de Trastevere, Vaticano e Via Giulia, realizada pelos arquitetos Giovanni Fontana e Flaminio Ponzio entre 1605 e 1621. Dividida em cinco nichos de mármore, captava água de cinco riachos e serviu de inspiração para a posterior Fontana di Trevi. Acessível a pé e localizada diante da pequena curva da colina, oferece um terraço panorâmico incrível. Atenção: cuidado com os carros, que nunca param, pois a rua estreita e sinuosa não é para pedestres.

Aventino, segundo consta, é a melhor colina para contemplar Roma. O segredo menos conhecido é que a qualquer hora do dia, romanos e turistas fazem fila para espreitar pela “La Bocca della Verità” (Boca da Verdade) na igreja de Santa Maria in Cosmedin e ver uma das vistas mais fascinantes de Roma: a Basílica de São Pedro.

Rodeado por um denso arbusto de louro, a cúpula projetada por Miguel Ângelo dá a ilusão, através da fechadura, de ser maior e, portanto, mais próxima. O efeito “telescópio” faz com que, ao caminhar da porta em direção à cúpula, São Pedro se afaste em vez de se aproximar. Decorada com troféus de guerra que remetem às proezas e história dos Cavaleiros de Malta, a pequena praça do século XVIII que antecede a Villa é a única obra arquitetônica – junto com a Igreja de Santa Maria no Aventino – de Giovanni Battista Piranesi, datada de 1765. Um exemplo quase único em Roma do entorno urbano rococó.

Próximo está o Rosedal de Roma, com mais de mil espécies de todo o mundo. Com entrada gratuita, está situado em um antigo cemitério judeu, e na entrada foram colocadas tábuas da Torá; os caminhos que dividem as coleções de rosas formam a Menorá (o candelabro de sete braços).

Para coroar o entardecer e deleitar-se, simultaneamente, com a vista e o olfato, é recomendável o Giardino degli Aranci. Trata-se de um terraço sobre a cidade, com árvores centenárias e flor de laranjeira que oferece outra das mais bonitas vistas romanas. Rodeado de pinheiros, é considerado um dos lugares mais românticos de Roma. O nome deriva das árvores ali presentes, embora o nome oficial seja Parco Savello. Com a reestruturação urbana do Aventino nos anos 30, o Giardino degli Aranci surgiu como é conhecido hoje e foi aberto ao público.

Para finalizar a visita ao Trastevere, um dos bairros icônicos de Roma, é ideal percorrer os Jardins de Pamphili, uma extensa vila que oferece uma rica combinação de jardins, paisagens naturais e arquitetura histórica.

O centro da villa é o Casino del Bel Respiro, também conhecido como Palazzo Pamphili, uma obra-prima da arquitetura barroca projetada por Alessandro Algardi e Giovanni Francesco Grimaldi. Este palácio é famoso por sua fachada elegante, interiores opulentos e impressionante coleção de arte. Em seu exterior encontra-se o Jardim Secreto, uma verdadeira jóia da arquitetura paisagística: sebes esculpidas em forma de pombas e lírios, os símbolos heráldicos dos Pamphili, juntamente com plantas sempre verdes, exóticas e uma variedade de flores que realçam sua beleza.

Os jardins da Villa são um excelente exemplo do estilo de jardim italiano, com avenidas arborizadas, fontes ornamentais e estátuas clássicas. O parque se estende por mais de 180 hectares. Aqui, os visitantes podem desfrutar de passeios tranquilos, fazer piqueniques, praticar esportes ou relaxar em um ambiente natural e sereno. Com numerosos caminhos e trilhas, é ideal para explorar de bicicleta.

Com uma localização privilegiada em Roma, o parque da Villa Borghese oferece diversas atrações, como a Galeria Borghese, o zoológico Bioparco e o Silvano Toti Globe Theatre, uma réplica do famoso Shakespeare’s Globe Theatre de Londres. Além disso, o Relógio de Água de Pincio, uma peça de engenharia do século XIX que ainda funciona, é uma atração popular por sua mecânica engenhosa e estética clássica.

Localizado na colina Pinciana, este parque era a propriedade e vinha da abastada família Borghese. A construção da Villa Borghese Pinciana foi concluída em 1633 e incluía outros edifícios, como um aviário e um jardim de inverno. No século XIX, o parque foi reformado no estilo inglês com lagos e fontes. Em 1903, foi adquirido pela prefeitura de Roma e transformado em parque público. Hoje, o maior espaço verde de Roma é o lugar perfeito para escapar do ritmo frenético da cidade ao se perder entre suas antigas alamedas.

Alex Barsa

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