Uma tarde quente: Estudiantes perdeu por goleada e se classificou, Racing está em terceiro e Boca precisa ganhar.

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Uma tarde de loucos. De princípio ao fim. A Liga Profissional montou uma sexta-feira (feriado turístico) de super ação, com cinco partidas no mesmo horário para definir os oito classificados da Zona A rumo às oitavas de final do torneio Apertura. Gols, fúria e declarações picantes. Realmente, de tudo aconteceu.

Os classificados, em ordem, são Argentinos, Boca, Racing (em um surpreendente terceiro lugar, quando algumas semanas atrás nem estava entre os oito), Huracán, Independiente Rivadavia, Tigre, Barracas Central e Estudiantes. Atenção: Boca, Tigre, Huracán e Barracas Central têm um jogo a menos e podem mudar a ordem de classificação e os futuros confrontos. Argentinos fez um festival contra o Estudiantes.

Dessa forma, ao finalizar a super sexta-feira: Argentinos Juniors-Godoy Cruz, San Lorenzo-Independiente Rivadavia, Independiente-Barracas Central, Racing-Deportivo Riestra, Rosario Central-Estudiantes, Huracán-Platense, Boca-Lanús e River-Tigre. E algo essencial: se esta chave se mantiver, poderia haver um superclássico nas quartas de final. E até o clássico de Avellaneda na mesma instância.

Argentinos goleou o Estudiantes por 4 a 0 na Paternal, alcançando o primeiro lugar e obrigando o Boca, normalmente o primeiro nesse grupo, a vencer o Tigre em Victoria (este domingo, às 18h), para manter o privilégio de sempre definir como mandante nos próximos confrontos, os decisivos mano a mano.

O Leão, que precisava de um ponto, desabou de princípio ao fim. O Bicho, de cartola e bengala, venceu com gols de Tomás Molina (2), Pipa Lescano e José Herrera, com uma obra-prima. A equipe de La Plata, que venceu apenas três dos últimos 12 jogos, ficou na última posição ao se aproveitar das derrotas de Defensa y Justicia e do Newell’s.

De forma curiosa: o Falcão vencia por 2 a 1 o Independiente Rivadavia em Mendoza e estava dentro, mas rapidamente a excelente equipe onde brilha Sebastián Villa, venceu por 3-2. Como nos velhos tempos, histórias analógicas, o Estudiantes ouvia no rádio (e nas atuais redes sociais) o Newell’s contra o Racing e com um jogador a mais pela expulsão de Sebastián Sosa no final do primeiro tempo. Um gol dos rosarinos (apenas um gol) os classificaria. E o Estudiantes teria assistido a definição do campeonato pela TV.

O time que melhorou com Ogro Fabbiani teve múltiplas oportunidades, mas a mística que Gustavo Costas imprimiu ao Racing competitivo também se transferiu para o âmbito local. No final, venceu por 1-0 no Cilindro, com um gol contra do paraguaio Saúl Salcedo.

Além disso, o Banfield, com a estréia de Pedro Troglio, venceu o Central Córdoba por 3 a 1, que mantinha mínimas chances de continuar vivo. Mais tarde, houve outra apresentação; um retorno, na verdade: Leonardo Madelón no Unión, que empatou em 1-1 com o Belgrano. Neste sábado, haverá três jogos no mesmo horário, para resolver o último classificado da Zona B.

A partir das 16h, Deportivo Riestra-Godoy Cruz (17 pontos), Sarmiento (14)-San Lorenzo e Talleres-Instituto (15). A equipe mendocina e a Gloria mantêm a esperança de conquistar o último lugar; o time de Junín depende de um milagre. Os oito primeiros, até hoje, são: Central, Independiente, River, San Lorenzo, Platense, Riestra, Lanús e Godoy Cruz. Em uma tarde quente, Eduardo Domínguez ficou no centro das atenções. Vencedor de três títulos com o Estudiantes, admitiu nunca ter perdido por 4 a 0 como treinador. E descartou sair de La Plata, que a versão do Boca é apenas uma ideia sem sustentação.

“Começaram a instalar essa situação, não é? Vocês a estão instalando. Não a torcida, vocês! Peço desculpas aos nossos torcedores. Sentimos isso… Não gostamos… não queremos representá-los dessa maneira. Sentimos que não fomos nós. Mesmo que tenhamos nos classificado para as oitavas de final e o objetivo era aquele, pelos pontos que conquistamos. A voracidade que se vive no futebol… Os jornalistas querem nos ver enforcados na praça. Alguns podem não entender e muitos outros apoiam e acreditam em um processo. Eu acredito nesse processo. Se me querem enforcado na praça, onde já comemoramos várias vezes, é problema de vocês. Não meu”.

E acrescentou: “Esse tipo de atuação, de derrotas, faz você pensar, mas em nenhum momento passou pela minha cabeça sair. Vamos lutar pelo campeonato para mostrar quem somos. Não se esconder, disse isso aos jogadores. Mostrar a cara e nos reerguer. No ano passado já vencemos, demonstramos que podemos. Vamos ver nas finais quem vai querer jogar contra o Estudiantes. Pedi desculpas aos meus jogadores porque cometi erros, e era minha responsabilidade. Agora tudo mudou. Nos levantaremos e lutaremos mais forte”.

Alex Barsa

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