Na província de Mendoza, no Valle das Lágrimas, encontra-se o início do caminho dos caracóis, onde já podemos ver o Glaciar das Lágrimas. No mês de outubro, completaram-se 52 anos da trágica queda do voo 571 da Força Aérea Uruguaia, conhecido como “o avião dos uruguaios”. O acidente ocorreu em uma região marcada por sulcos nas montanhas que, vistos de longe, parecem lágrimas em um rosto. No entanto, o nome não se deve à tragédia, mas sim a essas formações naturais.
Quando surgiu a oportunidade de participar dessa cavalgada, eu não sabia que se tratava do local do acidente do avião em 1972. Após pesquisar e conversar com pessoas, descobri a importância histórica do local. A experiência de chegar ao Glaciar das Lágrimas, a 3.600 metros de altitude, foi intensa e emocionante. O memorial e os restos do avião estão localizados nesse lugar, e a jornada até lá não é uma celebração, mas sim um momento de silêncio e reflexão.
A expedição até o local tem duas modalidades: trekking ou cavalgada, durando três dias. No acampamento, tive a oportunidade de conversar com pessoas que conhecem a história detalhadamente. O cenário é deslumbrante, mas desafiador. A paisagem da cordilheira é exuberante e a cada etapa da jornada, somos absorvidos pela natureza.
Ao chegar ao memorial, o silêncio reina, e a magnitude do local nos impacta. Os relatos dos sobreviventes e das pessoas presentes tornam a experiência ainda mais emocionante. A comunhão com a natureza e a história transformam essa jornada em algo único e memorável. Chegar ao Glaciar das Lágrimas é muito mais do que uma simples viagem, é uma verdadeira experiência de vida.